Jorge Amado
Por: Greice Camotti
Uma mistura de guerreiro e amor será oportunamente lembrada no
“A(o) gosto das Letras deste ano. Jorge, que faz referência a um popular
santo guerreiro e leva como sobrenome “Amado”, mestre reverenciado por muitos será
o autor homenageado neste no.
Jorge Amado, o mais popular escritor nordestino e mundialmente
reconhecido foi também “um imortal”, possuía a cadeira número 23, que pertenceu
a Machado de Assis. Após sua morte, o mesmo posto fora ocupado por sua esposa e
também renomada escritora, Zélia Gattai.
O lado Jorge do escritor fez jus à sua face guerreira, que em
sua literatura desnudou críticas sociais como a pobreza, o menor abandonado,
posse indevida de terra, a promiscuidade, exploração sexual e infantil. Esse
lado guerreiro do autor trazia consigo a função de denunciar, pois retratava
toda a precariedade vivida pelo povo baiano.
A beleza natural baiana também é reverenciada em suas obras, como
a beleza das praias citadas, em “Capitães de Areia”, o charme caliente do agreste,
em “Tieta do Agreste” e as noites boemias na obra “A morte e a morte de Quincas
berro d’água”.
O lado amado de Jorge era voltado para sensualidade, amor, desejo
e adultério. Toda sensualidade à flor da pele de “Gabriela Cravo e Canela”e irreverente
o adultério cometido por uma mulher e um
fantasma, na obra “Dona Flor e seus dois maridos”, temas envolventes que
conquistaram o público leitor.
Um belíssimo acervo, com características marcadas pela crítica
social e pela sensualidade, que tornou o escritor reconhecido mundialmente com
seus livros traduzidos em 49 países.
O mundo conheceu, o nosso país o imortalizou e nossa cidade dedicará
este evento cultural e intelectual a esse ilustre e amado filho da Bahia: Jorge
Amado!
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