quarta-feira, 25 de abril de 2012

O Pequeno Príncipe: Leitura e Integração Tecnológica



Certa vez, quando tinha seis anos, vi num livro sobre a Floresta Virgem, « Histórias Vividas », uma imponente gravura. Representava ela uma jiboia que engolia uma fera. Eis a cópia do desenho.
Dizia o livro: « As jiboias engolem, sem mastigar, a presa inteira. Em seguida, não podem mover-se e dormem os seis meses da digestão ».
Refleti muito então sobre as aventuras da selva, e fiz, com lápis de cor, o meu primeiro desenho. Meu desenho número 1 era assim:
Mostrei minha obra-prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo. Responderam-me: « Por que é que um chapéu faria medo » ? Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jiboia digerindo um elefante.
Desenhei então o interior da jiboia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações. Meu desenho número 2 era assim:  
As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor. Eu fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2. As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando.
Tive, pois de escolher uma outra profissão e aprendi a pilotar aviões. Voei, por assim dizer, por todo o mundo. E a geografia, é claro, me serviu muito. Sabia distinguir, num relance, a China e o Arizona. É muito útil, quando se está perdido na noite.
Tive assim, no decorrer da vida, muitos contatos com muita gente séria. Vivi muito no meio das pessoas grandes. Vi-as muito de perto. Isso não melhorou, de modo algum, a minha antiga opinião.
Quando encontrava uma que me parecia um pouco lúcida, fazia com ela a experiência do meu desenho número 1, que sempre conservei comigo. Mas queria saber se ela era verdadeiramente compreensiva. Mas respondia sempre: « É um chapéu ». Então eu não lhe falava nem de jiboias, nem de florestas virgens, nem de estrelas. Punha-me ao seu alcance. Falava-lhe de bridge, de golfe, de política, de gravatas. E a pessoa grande ficava encantada de conhecer um homem tão razoável.

Capítulo II

Vivi, portanto só, sem amigo com quem pudesse realmente conversar, até o dia, cerca de seis anos atrás, em que tive uma pane no deserto do Saara. Alguma coisa se quebrara no motor. E como não tinha comigo mecânico ou passageiro, preparei-me para empreender sozinho o difícil conserto. Era, para mim, questão de vida ou de morte. Só dava para oito dias a água que eu tinha.
Na primeira noite adormeci, pois sobre a areia, a milhas e milhas de qualquer terra habitada. Estava mais isolado que o náufrago numa tábua, perdido no meio do mar. Imaginem então a minha surpresa, quando, ao despertar do dia, uma vozinha estranha me acordou. Dizia:
- Por favor... Desenha-me um carneiro...
- Heim!
- Desenha-me um carneiro...
Pus-me de pé, como atingido por um raio. Esfreguei os olhos. Olhei bem. E vi um pedacinho de gente inteiramente extraordinário, que me considerava com gravidade. Eis o melhor retrato que, mais tarde, consegui fazer dele. Meu desenho é, seguramente, muito menos sedutor que o modelo. Não tenho culpa. Fora desencorajado, aos seis anos, da minha carreira de pintor, e só aprendera a desenhar jiboias abertas e fechadas.
Olhava, pois essa aparição com os olhos redondos de espanto. Não esqueçam que eu me achava a mil milhas de qualquer terra habitada. Ora, o meu homenzinho não me parecia nem perdido, nem morto de fadiga, nem morto de fome, de sede ou de medo. Não tinha absolutamente a aparência de uma criança perdida no deserto, a mil milhas da região habitada.

Quando pude enfim articular palavra, perguntei-lhe:
- Mas... Que fazes aqui?
E ele repetiu então, brandamente, como uma coisa muito séria:
- Por favor... Desenha-me um carneiro...
Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer. Por mais absurdo que aquilo me parece a mil milhas de todos os lugares habitados e em perigo de morte, tirei do bolso uma folha de papel e uma caneta. Mas lembrei-me então que eu havia estudado de preferência geografia, história, cálculo e gramática, e disse ao garoto (com um pouco de mau humor) que eu não sabia desenhar.
Respondeu-me:
- Não tem importância. Desenha-me um carneiro.
Como jamais houvesse desenhado um carneiro, refiz para ele um dos dois únicos desenhos que sabia. O da jiboia fechada. E fiquei estupefato de ouvir o garoto replicar:
- Não! Não! Eu não quero um elefante numa jiboia. A jiboia é perigosa e o elefante toma muito espaço. Tudo é pequeno onde eu moro. Preciso é de um carneiro. Desenha-me um carneiro.
Então eu desenhei.
Olhou atentamente, e disse:
- Não! Esse já está muito doente. Desenha outro.
Desenhei de novo:  
Meu amigo sorriu com indulgência:
- Bem vês que isto não é um carneiro. É um bode... Olha os chifres...
Fiz mais uma vez o desenho. Mas ele foi recusado como os precedentes:  
- Este aí é muito velho. Quero um carneiro que viva muito.
Então, perdendo a paciência, como tinha pressa de desmontar o motor, rabisquei o desenho ao lado:
E arrisquei:
- Esta é a caixa. O carneiro está dentro.
Mas, fiquei surpreso de ver iluminar a face do meu pequeno juiz:
- Era assim mesmo que eu queria! Será preciso muito capim para esse carneiro?
- Por quê?
- Porque é muito pequeno onde eu moro...
- Qualquer coisa chega. Eu te dei um carneirinho de nada!
Inclinou a cabeça sobre o desenho:
- Não é tão pequeno assim... Olha! Adormeceu...
E foi desse modo que eu travei conhecimento, um dia, com o pequeno príncipe.

Capítulo III

Levei muito tempo para compreender de onde viera.
Esta é apenas uma amostragem do trabalho realizado em sala de aula. O objetivo desta leitura é introduzir o uso da tecnologia nas aulas de leitura. Inspiração e aprendizagem se misturam durante a leitura digital.

O uso da tecnologia em sala de aula tem evoluído vertiginosamente, trazendo s contribuições valiosas para o cotidiano da sala de aula e um bom rendimento pedagógico. Entretanto, é fundamental conhecer novas formas de aprender e de ensinar, bem como de produzir, comunicar e representar conhecimento. Um exemplo disso refere-se à leitura online ou off-line possibilitada por esses recursos, que favorece a integração conhecimento e TIC.

9 comentários:

  1. Este texto é muito interessante, gostei muito


    FELIPE

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    1. ESTE TEXTO E MUITO LEGAL E INTERESSANTE







      NOME;CAROL SALA;601 PROF;SELMA

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    2. Filipe muito feio Ana beatis

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  2. essa historia do pequeno principe e muito legal

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  3. Essa leitura é muito boa!!!
    Eu gostei!!!!!!!!!!

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    1. foi deora foi muito daora ?????????????Vinicius

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  4. Professora Selma esse livro é bom por demais e muito legal ass: Leidiane bento

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  5. PROFESSORA SELMA FICO DAORA

    JEAN GABRIEL DE LUZ GOMES

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  6. gostei muito da historia do pequeno principe111







    nome;carol sala;601 prof;selma

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